"Você não pode simplesmente dar a alguém uma injeção de criatividade. Você tem que criar um ambiente para a curiosidade e uma forma de incentivar as pessoas e tirar o melhor proveito delas." Ken Robinson
Durante os primeiros 99% dos 200.000 anos de história humana, a expectativa de vida era de 30 anos e 95% viviam na pobreza. Com a industrialização há 250 anos, a produtividade e a riqueza aumentaram trinta vezes e a expectativa de vida dobrou. Um número maior de trabalhadores cada vez mais produtivos sempre foi o motor de crescimento de nossas economias.
Paralelamente, nasceu o medo da bomba demográfica, referindo-se a uma população mundial de quase 8 bilhões de pessoas. Isso significa que a superpopulação e o desemprego serão os riscos dominantes do restante do século 21? Nem por perto disso! A urbanização, que limita o espaço habitacional, e uma melhor educação média, estão diminuindo as taxas de natalidade em todo o mundo.
O crescimento da população mundial vai diminuir até que o declínio populacional se instale. Ao mesmo tempo, estamos observando o paradoxo da rentabilidade, o que significa que durante vários anos tivemos apenas um crescimento médio de produtividade de cerca de 0,2% porque, ao lado de uma indústria e agricultura cada vez mais automatizadas e digitalizadas, o setor de serviços terciários está trabalhando quase como há 15 anos.
Não podemos mais nos dar ao luxo de desperdiçar mão-de-obra em tarefas simples altamente repetitivas. As inovações revolucionárias que dependem fortemente da automação e da robótica estão liberando o capital humano disponível para tarefas de maior nível. Ao olharmos para o futuro, a igualdade irá impulsionar a economia. E as empresas de sucesso devem incluir todos no mercado de trabalho. Diversidade e igualdade são fatores críticos de sucesso e um fato econômico difícil em tempos de retração e mudança da força de trabalho.
Acolher a diversidade significa fazer o "exercício do pescoço", ou seja, você tem que olhar e ver quem está ao seu redor e se perguntar se existe diversidade e representação.
Com a tecnologia em expansão, cria-se um enorme espaço. Por que não ocupar este espaço com diferentes tipos de pessoas? Muito se fala sobre essa diversidade dentro das empresas, que leva até seis vezes mais inovação do que em empresas com culturas igualitárias.
Com essa inclusão é possível ter diferentes formas de trabalho, idéias e experiências que trazem mais conhecimento. Hoje, existem algumas iniciativas de impacto social destinadas a desenvolver pessoas em vulnerabilidade social com o único objetivo de permitir que ocupem espaços abertos no mercado de trabalho. No Brasil, Toti (https://totidiversidade.com.br/) atua nesta direção. Seu propósito é inspirar a mudança, conectando educação, tecnologia e diversidade. Eles têm um programa específico para empresas, treinando desenvolvedores para as demandas técnicas e comportamentais do mercado de tecnologia, inspirando a diversidade para resolver os desafios da empresa.
Precisamos estar cientes das oportunidades que a automação do trabalho traz e ampliar nossa visão do que consideramos ser a mão-de-obra disponível. Além dos padrões socialmente aceitos, há um mundo de pessoas disponíveis para o trabalho.
É necessário abrir o leque e ampliar o conhecimento e as oportunidades para além das fronteiras já estabelecidas. Com nossos três pilares "LGBTQIA+", Liderança da Mulher e Sustentabilidade", resultantes de uma iniciativa dos funcionários, fazemos mais do que apenas prestar atenção a ela. Nós a incorporamos em nossa vida cotidiana.